pessoas transexuais, a frase é quase um canto de guerrilha da luta pela sobrevivência no país que mais mata e marginaliza tal comunidade no mundo.
Em 2020, segundo dados registrados pela ‘Trans Murder Monitoring’, 124 pessoas transexuais foram mortas no Brasil apenas nos primeiros nove meses do ano, o colocando, desse modo, no inglório topo do ranking dos mais violentos para essa parcela da população pelo 12º ano consecutivo.
Apesar das conquistas de décadas de luta e ativismo, a transfobia, a falta de oportunidades pelo mercado de trabalho, a rejeição pela própria família, a impunidade para atos violentos, e o continuo discurso de ódio disseminado por pessoas que, supostamente, deveriam proteger, ainda são uma dura realidade da nossa sociedade e que continuamente precisam ser enfrentadas.
Por isso, foi constituido em 2004, no dia 29 de janeiro, o Dia Nacional da Visibilidade Trans, data que celebra a existência e resistência da comunidade, além de acender uma luz mais assídua sobre as urgentes pautas transvestigeneres que precisam ser discutidas pela ésfera pública como um todo.
Mas, de fato, qual a importância da data e porquê, mesmo depois de 16 anos, ainda precisamos de um Dia Nacional da Visibilidade Trans? Para responder tal questionamento, Vogue convidou 12 persoanlidades transexuais, que atuam em áreas das artes, comunicação e politica, para darem seu depoimento e ocuparem os espaços que são seus por direito.